segunda-feira, 12 de agosto de 2013

 GESTALT

A palavra Gestalt (plural Gestalten) é um termo intraduzível do idioma alemão para o português. O Dicionário Eletrônico Michaelis apresenta como possibilidades as palavras figura, forma, feição, aparência, porte; estatura, conformação; vulto, às quais ainda se pode acrescentar estrutura e configuração.

PSICOLOGIA DA GESTALT

Aproximadamente a partir de 1870 alguns pesquisadores alemães começaram a estudar os fenômenos perceptuais humanos, especialmente a visão. Seus estudos procuravam entender como se davam os fenômenos perceptuais, tendo se utilizado em grande parte deles, de obras de arte. Queriam entender o que ocorria para que determinado recurso pictórico resultasse em tal e tal efeito. A estes estudos convencionou-se denominar de Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus expoentes mais conhecidos foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer. Criaram as Leis da Gestalt relativas à percepção humana, que até hoje se mantêm válidas.

GESTALT-TERAPIA

Fritz Perls (1893-1970), considerado o pai da Gestalt-terapia, foi um médico alemão interessado em princípio em neurologia e depois em psiquiatria. Por conta disto se aproximou da Psicanálise, tendo se tornado psicanalista. Antes de se decidir pela medicina, havia considerado a possibilidade de se tornar ator. De temperamento irrequieto, intempestivo e muito criativo, foi desenvolvendo a sua visão de psicanálise, tendo em curto espaço de tempo conseguido muitas inimizades e, por fim, sua expulsão da Sociedade de Psicanálise. Nesta época foi analisando de Wilhelm Reich. Chegou a ter um encontro com Freud, a partir do qual rompeu definitivamente com a Psicanálise. Por ser judeu, imigrou em 1936 para a Johanesburgo na África do Sul com sua esposa Lore, onde fundou um Instituto de Psicanálise. Em 1946 imigrou para os Estados Unidos, tendo se fixado em New York.
Nesta época encontrou seu grande parceiro, Paul Goodman, com quem em 1951 publicou em co-autoria com Ralph Hefferline o livro “Gestalt Therapy – Excitement and Growth in Human Personality”, a primeira aparição pública do termo Gestalt-terapia. Por esta época até a sua morte em 1970, Fritz Perls, sua esposa Lore e Paul Goodman, além de outros autores que paulatinamente foram se juntando a eles, constituiram a Gestalt-terapia a partir de fontes como a Psicologia da Gestalt, Fenomenologia, Existencialismo, Teoria Organísmica de Goldstein, Teoria de Campo de Lewin, Holismo de Smuts, Psicodrama de Moreno, Reich, Buber e, por fim, a filosofia oriental (para maiores detalhes, leia o artigo “Os 50 Anos da Gestalt-terapia” na seção “Textos” deste site).

GESTALTPEDAGOGIA

Em 1977, o russo radicado na Alemanha, Hilarion Petzold, propõe uma nova abordagem em pedagogia, denominada Gestaltpedagogia. Trata-se de uma transposição dos princípios da Gestalt-terapia para as situações de ensino e aprendizagem, que propõe alternativas para os problemas que a escola vem encontrando na atualidade (para maiores detalhes, leia os artigos “Educação Brasileira e os Desafios do Mundo Contemporâneo na Perspectiva da Escola de Ensino Fundamental e Médio” de Rodrigo Giannangelo de Oliveira e “Gestalt – Expandindo Fronteiras – ou – Em Busca das Respostas Perdidas”  de Luiz Lilienthal, na seção “Artigos” deste site).
Desde a sua proposição em 1951,  a abordagem gestáltica consolidou sua presença no cenário das práticas psicológicas, seja como abordagem psicoterapêutica, quanto como alternativa pedagógica, bem como eficiente instrumento na área de Recursos Humanos das empresas.

http://www.gestaltsp.com.br/o-que-e-gestalt/

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